Raciocínios: John William Strutt
John William Strutt, Lord Rayleigh
John William Strutt, foi ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1904 e outras diversas condecorações. Influente pesquisador sobre teoria dos sons, ótica, espectroscopia, luz, cores, eletricidade, ressonância, vibrações e densidade dos gases destacou-se no estudo dos fenômenos ondulatórios, sobre a densidade dos gases mais importantes e pela descoberta do argônio.
Strutt também postulou, em 1876, um padrão de comportamento do escoamento do ar, garantindo a possibilidade de um veículo se sustentar no ar, sem a necessidade de catapultas ou balões que o retirassem do solo, levantando pela primeira vez a hipótese de que um aparelho mais pesado que o ar conseguiria voar com os seus próprios meios, afirmação que seria de grande importância para estudos e projetos posteriores como os de Santos Dumont. Investigou a hidrodinâmica da cavitação, do movimento das ondas, de jatos instáveis, fluxo laminar, etc e foi, também, responsável pela determinação de unidades elétricas de medição.
Este é o seu raciocínio:
Muitas pessoas excelentes temem a ciência como tendendo ao materialismo. Não é surpreendente que tal apreensão exista, pois, infelizmente, há escritores, falando em nome da ciência, que se fixaram a fomentá-la. É verdade que entre os homens de ciência, como em outros ramos, pontos de vista pouco refletidos podem ser encontrados a respeito das coisas mais profundas da natureza; mas que as crenças a que Newton, Faraday e Maxwell aderiram toda uma vida seriam incompatíveis com o hábito científico da mente é, sem dúvida, uma proposição que eu não preciso me delongar em refutar.
Fonte: A declaração de Lord Rayleigh consta da sua palestra na 54a reunião da British Association for the Advancement of Science, 1884, e foi traduzida de Kneller, K.A. – Christianity and the leaders of modern science, B. Herder, Freiburg im Breisgau, 1911. freewebs.com/kienitz/declara.htm#ref8
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