Páscoa – breve explicação do seu significado para os judeus, cristãos e pagãos e seu real sentido para o mundo
A palavra Páscoa vem do original hebraico Pessach (פֶּסַח), significando “passagem ou transição”, que também é do grego Paskha (Πάσχα).
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Páscoa dos Judeus (Êxodo)
Israel foi escravo 400 anos no Egito, mas Deus usa Moisés para tirar Seu povo da escravidão, assim Ele envia 9 pragas sobre o Egito, pois Faraó não deixava o povo sair. Antes da 10ª praga (êxodo 11:4), Deus institui a Páscoa (Êxodo 12:1-14, 26-28).
Então foram mortos os primogênitos dos egípcios (até animais), porém, os hebreus foram poupados, pois fizeram o que Deus ordenara. Após a 10ª praga, Faraó decidiu libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida (12:31) e a “passagem através do Mar Vermelho (Êxodo 14:21-22).
Simbolismo principal:
Cordeiro sem defeito: deveria ser sacrificado, comido, mas sem nenhum osso quebrado e seu sangue passado nas portas das casas dos hebreus, ou seja, o sangue do cordeiro evitaria a morte dos filhos de Israel.
Pães Asmos (sem fermento): o fermento atrapalharia a saída do povo devido ao tempo que a massa levaria para ficar pronta, então ela deveria ser pura.
Ervas amargas: para lembrar o povo do sofrimento no cativeiro.
Páscoa dos pagãos
A festa associa a imagem do coelho, símbolo de fertilidade e ovos pintados com cores brilhantes que represem a luz solar, e estes eram dados como presentes. Esse modelo pagão de celebração da Páscoa começou com os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano também homenageavam Ostera. Em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera era a deusa da primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés.
A deusa, o ovo e o coelho eram símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara é na mitologia grega Deméter, na mitologia romana é Ceres. Com o passar dos anos, comerciantes viram a grande oportunidade de usar a páscoa dos pagãos e da troca de ovos coloridos para comercializa-los e com o tempo os ovos naturais pintados foram substituídos por ovos de chocolate.
Por falta de conhecimento da Bíblia, milhões de pessoas, muitas cristãs, se deixaram levar pelos enganos da “nova páscoa” e esqueceram o seu real valor.
Páscoa dos cristãos
A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. É o cumprimento das profecias e da simbologia da Páscoa a respeito do Cordeiro Pascal que seria sacrificado pelos pecados do mundo. Depois de morrer na cruz, Seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante dos cristãos. É a passagem da vida para a morte e da morte para a vida novamente que Jesus realizou por Ele mesmo.
Jesus pediu que os discípulos preparassem a Páscoa judaica (Mc 14:12). Mas enquanto comiam, Ele mostrou o real significado dela. Jesus também os orientou a realizar uma nova simbologia que deveria ser feita até Seu retorno, em memória dEle (Mt 26:26-30 e 1Cor 11:24-26).
Jesus institui a nova celebração da Páscoa usando dois itens principais: Pão e Vinho, pois o cordeiro que era Ele seria sacrificado uma única vez. A Páscoa então não seria mais celebrada em festividades anuais, mas sempre que houvesse comunhão entre seus discípulos.
Cumprimento do simbolismo
Cordeiro sem defeito: foi sacrificado, sem nenhum osso quebrado, Seu sangue escorreu não sobre os umbrais da madeira de portas, mas sobre a madeira da Cruz, para desviar a morte eterna de todos os que nEle cressem.
Pão da vida: é o corpo de Cristo, alimento puro e eterno que se não fosse entregue, não alimentaria a esperança dos que querem sair da escravidão. (1 Cor 5:7-8).
Vinho: Sangue do Cordeiro de Deus que sela a nova aliança, derramado para perdão real dos pecados. Não é de sangue animal para perdão simbólico, mas do sangue santo e infinito em valor.
Conclusão
Ele, Jesus é o sentido da Páscoa por ter em Si mesmo a chave da morte e da vida. Ele é a própria “Passagem da morte para vida” para quem O ama e vive pela Sua graça e misericórdia. Em Jesus, viveremos mesmo que estejamos mortos.
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. (João 11:25)
O amor de Cristo que nos uniu na cruz do calvário